quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Crônica (Divagações no balcão do bar)



- Até porque eu não sei quem seja quem quer que seja. Eita sô!

- Se não sei quem seja quem quer que seja como saberei quem é quem quer que seja. Afe!

- Tá danado! O motivo? Ultimamente estou batendo asas tal qual o mosquito.

- Porque insisto no amor fraternal... Sou hermafrodita ou algo que o valha. 1º de Abril.

- O sujeitinho vestindo camisa com as três cores está em cima do muro.

- Alguém esqueceu o título de eleitor em cima do balcão? Quem? Quem? Sei lá.

- Como dizia o poeta: é a vida, é a vida e é a vida.

- Bebi a décima segunda dose de pinga. 

- Quem diria que filosofia é folia.

- Filosofia é folia... Sei, sei. Folia é que é filosofia.

- Deve ser verdade, deve ser verdade... Mas também pode ser mentira...  Esquece.

- Se alguém falou é porque alguém escutou. Eita! “Branquinha” da brava essa.

- Está certo...  Repito: E... Esse... Te... A... Ce... E... Erre... Te... O.  Está Certo?

- Se alguém disse “cara chato”, e eu não ouvi... Que venha o eco.

- Sou alfabetizado e tudo o mais...  Resumindo, sejamos sinceros, e daí?

- Alguém insiste em dizer que sou uma pessoa pecadora...  Credo. Eu sei.

- Alguém poderia teologizar o que é pecado insípido, inodoro e incolor?

- Não me condenem...  Quem nos julgará está acima de nossa compreensão.

- Não gritem... Também sei gritar.

- A quem disse que sou uma pessoa pecadora...  Coce seu umbigo.

- Quem diria? Não sou sem teto.

- Alguém muito santo afirmou “no reino do meu Pai existem muitas moradas”.

- Eu não estou aqui pra agradar... Aliás, pra que?... Também não quero agrado.

- Chameguinho falso cai bem desde que seja no gato siamês.

- Gerar, cordão umbilical. Gerar? Cordão umbilical? Deixa pra lá.

- Hoje estou assim malemá... Que dia é hoje?

- Não estou usando cueca... Epa! Compromisso: comprar cueca samba-canção amanhã.

- Stop (do “ingrêis” conheço só essa). Noutro dia continuo... Bebadaço como hoje.

- De onde surgiu o sujeito trajado de arco-íris sentado aqui do meu lado?

- Até porque de tanto ficar sentado neste banquinho tá doendo meu traseiro.

- O velhinho de barba branca e roupa vermelha que está detrás do balcão me fuzila com o olhar...

- Hora de fechar o boteco talvez?

(João Neto)

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