Sou inocente, senhor.
Sou inocente.
Mesmo com teu olhar de
indiferença,
Reitero minha inocência inconsequente.
Acredito em tua clemência.
Me responda, então,
senhor,
Por que estou de joelhos
em grãos de milho
Aqui no canto deste porão
enegrecido?
Peço perdão, senhor, pela
impertinência.
Mas teria sido por eu não
prover continência?
Silêncio a exigência.
O senhor o todo poderoso.
Silencio.
(meus joelhos sangram).
Fastio.
(João Neto)
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