Talvez toquemos a eternidade
Ou a vida em nós se exaure
Talvez vivamos presos no que somos
Ou livres no seio da sociedade
Talvez respiremos novos ares
Ou aderimos ao mesmo carbono
Não importa
Sei de mim, fiduciário do meu próprio tempo
Caminhante solitário, sabre do vento
Libertário, ventura beirando atrevimento
Não tem volta
Meu querer o homem não molda
Meu fazer o sentimento não sufoca
Assim vivo, viverei, não mudo a rota
(João Neto)