Eu
me vi cortado de facão, surpreendido
Pelo
golpe de quem eu tinha acreditado
Eu
me protegi sob a verdade, desnorteado
Por
desconhecer a razão de ter sido ferido
Eu
me fiz silêncio, aperreado
Pela
desventura de ter sido abatido
Do
traiçoeiro golpe não tendo me prevenido
Eu
me fiz de morto, combalido
No
cimento frio alquebrado
Eu
me vi sozinho, por todos desacreditado
João Neto
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