De que me adianta ter
ambição
Se quando preciso
Não sei se da sorte passo
ao largo
Ou cravo no peito dobrado
Como ferradura enferrujada
Na branca parede pendurada
De que me adianta ter razão
Se quando preciso
Da desilusão arremato um
fardo
Que carrego no peito sambado
Como sina desorientada
Na branca parede traçada
De que me adianta ter
emoção
Se quando preciso
Minha vontade como desenho
animado
Perambula no peito estafado
Como imagem esbulhada dessas
malfadadas
Na branca parede espraiadas
João Neto
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