sábado, 4 de maio de 2013

Poesia (No alvorecer do dia)


No alvorecer do dia

Instante de magia

Morena nua sendo banhada

Pela cortina de água da cascata

 

O uirapuru no alto da galhada

Solitário seu trinado entoou

Os animais da mata não lhe atentaram

Enfeitiçados pela beleza molhada

E à divindade arrebatados silenciaram

 

Ela melodia na pedra deitada

Réstia de sol secando seu corpo ateu

O mavioso cantor enlouquecido ficou

Por não entender tal perfeição

Ter mais encanto que o canto seu

E a natureza nutrir tamanha devoção

João Neto

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