segunda-feira, 15 de julho de 2013

Poesia (Portisei)

Como o umbral depois da única saída
A viagem universal que só tem ida
A trilha na mata que se principia
A noite que se completa no dia

Como as mãos que jamais acenam adeus
A centelha divina formatando mais um átomo
O voo plainado da figura de um camafeu
Do encontro de almas gêmeas o tálamo

Como os olhos que contemplam o horizonte
O som que se propaga pelo universo
A água não represada que se derrama pela fonte
Do fogo e da terra o reverso

Como o vento que balança como ondas o trigal
Na consagração da hóstia o sobrenatural
Na fé imensurável a consciência moral
Do a ao z que se perpetua na palavra final
João Neto

Nenhum comentário:

Postar um comentário