sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Poesia (Coisas que acompanham a gente)

                           1957, nasci numa tarde quase anoitecer
1967, fiquei no receio de estudar e não aprender
1977, senti o amor no peito florescer
1987, ponderei o terceiro milênio não ousar conhecer
1997, vivi a idade que muitos não chegaram ter
2007, cantei os louros de meio século sobreviver
Agora percebo me acompanharem coisas desde o meu nascer
Me acompanha e protege a benção que só mãe abençoa
A imagem da professora que me ensinou os números não temer
O primeiro amor que ficou fincado em meu coração insano
Os objetos que envelhecem e por eles a gente se afeiçoa
A saudade das amizades que se foram pra outro plano
Tantas certezas e incertezas da última porta abrir e a luz ver
João Neto

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