segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Crônica (Quem diria! Ainda existem muitos "macacos sábios" por aí)



Não é mais lícito nos fazermos de cegos, surdos e mudos.
Olhos abertos, porque está acontecendo tão perto de nós, na ponta de nosso nariz, que fica inevitável não se ver os desmandos, os acordos de bastidores que se expõem e seus partícipes esfregando os olhos surpreendidos pela luz do dia e retornando presunçosos à penumbra de uma ampla sala, presumindo nos terem deixado a mercê das consequências desses desmandos e dos resultados desses acordos espúrios.
Ouvidos atentos, porque o grito se torna cada vez mais lacerante vindo das ruas por onde transitamos todos os dias indo para nosso trabalho, ou escola, ou para nossas compras, nosso lazer, nosso divertimento, e quando de retorno aos nossos lares. Ele está e se espalha por todos os cantos, em todas as esquinas, em todas as alcovas, em todas as conversas, em todos os murmúrios. Ele está no silêncio que certas castas querem nos impor, na ignorância cultural que querem nos impingir.
Que nossa voz se faça imperativa, suave, amigável, reivindicativa, soberana, calma, serena. Voz de quem sabe o que quer.
Não ouçamos o mal, não vejamos o mal, não falemos o mal.
Ouçamos tudo que se fala para identificarmos o que é do mal e o que é do bem.
Contemplemos até onde nossos olhos alcancem para separarmos o que é do mal e o que é do bem.
Falemos o que nossa razão nos dite para que o mal se afaste e o bem nos circunde.
Vivamos nos limites de nossa liberdade, façamos parte dos “macacos sábios” que ainda existem por aí, caminhemos dignamente por esse mundão de Deus e pelo tempo que nos cabe.
Simples assim.
João Neto

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