terça-feira, 20 de agosto de 2013

Poesia (Nuances circenses II)

Os leões domesticados não rugem, miam,
Os gatos selvagens estão irados na jaula.
Tum, tum... O domador bate na porta do patrão
E o gigante de cavanhaque não atende,
Está servindo chá para a anã carente.

Os leões domesticados não rugem, miam,
Os gatos selvagens entortaram a grade da jaula.
Tum, tum... Bate descompassado o coração
E o moço de cabelos com brilhantina não entende,
Está servindo bolachas para a anã indolente.

Os leões domesticados não rugem, miam,
Os gatos selvagens escafederam para a mata.
Tum, tum... A lona veio pra baixo com a explosão
E o adolescente de barba não se surpreende
Com a fuga da anã com o caipira imprudente.
João Neto

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