domingo, 26 de maio de 2013

Poesia (Porque hoje não é...)


Porque hoje não é dia seis
O comerciante expulsou o freguês
Átila ressuscitou da morbidez
O pobre se fez burguês
Pintaram o sete com o português
O índio civilizado só fala inglês

Porque hoje não é dia cinco
O empregado quebrou o trinco
Átila trouxe no cabresto um ornitorrinco
O português passou usar brinco
Índio e pobre num só vinco

Porque hoje não é dia quatro
O vendedor esganou o pato
Átila despencou o lustre do anfiteatro
Caçar e navegar não é um barato

Porque hoje é dia três
Átila retornou à morbidez
O índio se fez burguês

Porque hoje é dia dois
Feijão e arroz ficam pra depois

Porque hoje é dia um... pum!!
João Neto

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